O bicheiro Rogério de Andrade foi preso no Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (29). O contraventor foi detido por agentes do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ).
Rogério de Andrade estava solto e, até abril, utilizada tornozeleira eletrônica. Ele retirou o aparelho após decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
Morte de Fernando Iggnácio
O contraventor Fernando Iggnácio foi morto a tiros de fuzil no dia 10 de novembro de 2020. Ele foi alvejado após desembarcar de um helicóptero em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade.
Segundo informado pela polícia à época, por volta das 13h15 Iggnácio chegou na aeronave, vindo de Angra dos Reis, no sul fluminense. O aparelho aterrissou no heliponto da empresa Heli-Rio, na Avenida das Américas. Quando caminhava para embarcar em um carro, foi atingido pelos tiros.
Rogério de Andrade foi apontado como o principal suspeito de ser o mandante do crime.
Guerra da contravenção
Desde o fim dos anos 1990, Fernando Iggnácio, ex-genro, e Rogério Andrade, sobrinho do Castor de Andrade, travam uma guerra pelo espólio do bicheiro, que foi o chefe da contravenção do Rio de Janeiro nos anos 70.
Os dois herdeiros foram protagonistas de uma sangrenta guerra em família, e disputam o império de caça-níqueis deixado por Castor. Castor de Andrade morreu de infarto há 23 anos, em abril de 1997.
Ainda em vida, ele escolheu Rogério para comandar a contravenção na Zona Oeste e em outras áreas do Estado do Rio. O filho de Castor, Paulinho, não concordou e iniciou uma batalha. Em 1998, Paulinho e um segurança foram assassinados na Barra da Tijuca, e Fernando Iggnácio assumiu o lugar na disputa com Rogério.
Fonte: CNN Brasil