EFEITO LULA?
Empresas ligada a uma quadrilha de Salvador podem ser o estopim da maior crise política de Camaçari
Nos bastidores de Camaçari, a política pegou fogo e o cenário mais parece uma novela das nove, com direito a traições, teorias da conspiração e uma suposta briga épica entre o prefeito Elinaldo e seu até então inseparável parceiro de jornada, Flávio Matos, candidato a sucessão apoiado por ele. Dizem que “onde tem fumaça, tem fogo”, e se o dito popular é verdade, o circo político em Camaçari está prestes a incendiar de vez.
A BOMBA NOS BASTIDORES: FARPAS E DESCONFIANÇAS
Segundo os rumores, a briga entre Elinaldo e Flávio Matos não se limita apenas às despesas de campanha – o que, convenhamos, já seria motivo suficiente para estourar uma guerra. A questão parece ter atingido proporções muito maiores, envolvendo cargos, apoios a deputados e senadores, e até a composição do futuro secretariado. A divisão de poder, que já era complicada, parece ter azedado de vez quando o presidente Lula decidiu entrar no jogo e dar aquele abraço afetuoso e público em Caetano, antigo rival político de Elinaldo. Foi o suficiente para espalhar o caos e acender o pavio de uma possível bomba no meio do palanque.
UM BARCO À DERIVA E UM CAPITÃO PERDENDO O RUMO?
Com o apoio sólido e decisivo de Lula a Caetano, o barco da candidatura de Flávio Matos parece ter começado a afundar. Pelo menos, essa é a impressão de alguns analistas políticos locais, que enxergam a “aliança” entre Elinaldo e Flávio mais como um navio prestes a naufragar do que como um sólido acordo político. Nos bastidores, dizem que o gosto amargo de perder o controle sobre a sucessão fez Elinaldo repensar suas estratégias e sentir o peso do poder escorrendo por entre os dedos.
Mas será que a briga é irreversível? Alguns apostam que sim, e que a crise interna já começou a desidratar rapidamente a candidatura de Flávio Matos. A situação teria se deteriorado a tal ponto que não faltam boatos sobre Elinaldo estar considerando abandonar o barco e deixar Flávio à deriva. Quem diria que o fiel escudeiro poderia acabar sozinho no palco, sem o apoio do prefeito?
“TEORIA DA CONSPIRAÇÃO” OU VERDADES MAL CONTADAS?
Enquanto os rumores fervem, Elinaldo tenta manter a compostura, embora tenha dado respostas mornas – para não dizer evasivas – sobre a suposta crise com Flávio. Diz ele que as histórias de fuga da cidade e passaporte confiscado pela Polícia Federal não passam de “teorias da conspiração” criadas por “desocupados e gozadores”. A pergunta que não quer calar é: se não há nada a temer, por que a reação é tão contida?
Enquanto isso, Caetano, sempre incisivo, não hesitou em cutucar a dupla rival. Ele bateu firme e deixou claro que não aceita apoio de traidores, o que jogou ainda mais lenha na fogueira. Se havia qualquer possibilidade de Flávio buscar abrigo no barco de Caetano, essa chance foi pelo ralo. E as empreiteiras? Bem, aquelas que supostamente estariam no centro do conflito preferiram manter um silêncio estratégico, sem confirmar nem desmentir se realmente seriam o estopim para o rompimento iminente.
CALMA, A PIPOCA ESTÁ QUASE PRONTA
Para o público, o espetáculo só fica mais interessante. Elinaldo e Flávio Matos respondem timidamente sobre o suposto rompimento, mas o que eles não dizem fala mais alto do que qualquer declaração oficial. Quanto mais os dois tentam contornar o assunto, mais as especulações ganham força. E, como diz o ditado: onde tem fumaça, tem fogo. Se a suposta briga se cristalizar, as consequências podem ser catastróficas, com uma debandada geral no grupo e o fim antecipado da aliança.
Por enquanto, resta aos espectadores aguardar o desenrolar dos próximos capítulos e ver se o barco vai mesmo afundar ou se Elinaldo e Flávio Matos encontrarão uma forma de remendar a parceria. O certo é que Camaçari já viu de tudo na política, mas uma disputa aberta entre os dois principais nomes do grupo pode fazer o “circo pegar fogo” de vez. Que venha o espetáculo, porque a plateia já está de olho e a pipoca está quentinha.