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Moradores se revoltam: “Suzano nos deixou sem paz, sem estrada e sem respeito”

Serra dos Aimorés, cidade pequena e de alma pacata no Vale do Mucuri, está sendo literalmente esmagada sob o peso das carretas da gigante Suzano Celulose. As ruas, antes tranquilas, hoje são palco de uma tragédia urbana: crateras, rachaduras, poeira e desespero. Caminhões com mais de 80 toneladas cruzam diariamente as vias, como se a cidade fosse uma rodovia industrial — e não um município de menos de sete mil habitantes, com IDH de apenas 0,651, segundo a PNUD.

Os moradores vivem um verdadeiro colapso. “Minha casa treme o dia inteiro. O reboco está caindo e o barulho é insuportável”, conta Carlos Alberto Rodrigues, aposentado. O relato se repete nas esquinas, nas calçadas e nos muros rachados de toda a cidade.

O empresário Elcio Ramos Sobral, de 63 anos, diz que sua garagem virou campo minado: “Não dá pra estacionar. Os caminhões passam em comboio, pesados demais. Cada carreta é um terremoto.”

E a prefeitura? Silêncio. A Suzano? Nenhuma compensação. A destruição avança sem freio, atingindo calçadas, esgoto, redes de água e o próprio direito de ir e vir. Engenheiros locais alertam: “O solo está cedendo, as tubulações estão rompendo. É um colapso subterrâneo.”

Diante do caos, o Ministério Público de Minas Gerais foi acionado por moradores indignados. O pedido é claro: perícia técnica, reparo imediato e indenização pelos danos. A pacata Serra dos Aimorés grita por socorro — mas até agora, ninguém da empresa ouviu o estrondo das crateras que ela mesma criou.

Por Redação

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