Manrick Gregório Prates Teixeira, candidato à reeleição para a prefeitura de Vereda/BA, pode ser alvo de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que está sendo considerada pelo Ministério Público. A possível ação é resultado de diversas irregularidades observadas durante a pré-campanha, incluindo abuso de poder econômico e político, além do uso inadequado de eventos públicos para promoção eleitoral.
De acordo com o Ministério Público, Manrick teria utilizado vários eventos públicos, principalmente durante as festas juninas, para promover sua candidatura de maneira irregular. Esses eventos, que contaram com artistas de grande renome como João Gomes, Calcinha Preta e Kart Love, serviram como palco para a promoção antecipada de sua candidatura. Durante os shows, foram divulgados jingles eleitorais e realizados discursos de apoio, em claro desacordo com as normas eleitorais.
A situação é agravada pelo fato de que esses eventos ocorreram apesar de uma decisão judicial que já havia proibido qualquer manifestação eleitoral fora do período permitido. Mesmo diante dessa proibição, Manrick teria continuado a realizar eventos com fins eleitorais, desobedecendo diretamente as ordens da Justiça Eleitoral. Um exemplo disso foi a alteração da letra da música “Campeão Vendedor” da banda Calcinha Preta, que foi usada para promover sua imagem, transformando um evento cultural em um ato de campanha.
Além das festividades de São João, Manrick também teria organizado passeatas e outros atos de campanha nas ruas de Vereda e seus distritos, desrespeitando a liminar em vigor. Para o Ministério Público, essa conduta recorrente revela uma estratégia clara de desequilibrar a disputa eleitoral, ao utilizar recursos públicos e ignorar as normas que asseguram a legitimidade do processo.
O Ministério Público destaca que a seriedade dos fatos requer uma resposta firme da Justiça Eleitoral para garantir um processo democrático justo e equilibrado. A continuidade dessas práticas, associada ao desrespeito às ordens judiciais, compromete a igualdade na disputa e ameaça a integridade das eleições. Se a AIJE for julgada procedente, Manrick Gregório Prates Teixeira poderá enfrentar penalidades severas, incluindo a possível inelegibilidade, a fim de preservar a justiça e a transparência no processo eleitoral.